segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

João Batista: Um ministério fracassado!

As pesquisas mostram que o número de evangélicos no Brasil cresce a cada dia. O censo de 2010 divulgou que temos 42 milhões de evangélicos. Esse número deveria vir acompanhado de uma profunda transformação moral e cultural no país. Mas não é isso que acontece! Nos deparamos com um evangelho raso, com uma graça barata e pastores ministérios que só visam o reconhecimento e o sucesso de acordo com o mundo.
Ao longo das eras, Deus levantou profetas que se mantiveram fieis. Homens como Noé, Jeremias, Isaías… Pregaram a palavra por anos, mas o povo não quis ouvir. O próprio Senhor Jesus, não achou fé na sua cidade.
João Batista foi um jovem que se levantou e tinha todas as condições para fazer sucesso. No entanto, ele escolheu o fracasso (aos olhos do mundo) e foi um exemplo de um cristão que cumpriu a vontade de Deus para a sua vida. E para sua morte! Seu ministério e seu caráter nos ensinam a como ser um verdadeiro cristão e um profeta no meio de um mundo corrompido:

1 – Sua missão era mais importante que seu conforto – Mateus 3:1-5
João Batista era um jovem, com todas as oportunidades e anseios de sua idade. Poderia ter um futuro promissor ou se tornar alguém muito influente. Poderia se tornar um respeitado mestre ou um famoso sacerdote. Mas não. Escolheu o deserto. As roupas esquisitas, a comida exótica, a palavra dura. Era alguém separado por Deus. (Lucas 1:15)
Podemos imaginar que ele devia ter questionamentos, hesitação em aceitar essa missão. Mas ele obedeceu!
O cristianismo no Brasil é algo fácil. Por muitas vezes nos tornamos nominais e nos esquecemos da verdadeira missão. Que isso exige renúncia. Carregar a cruz! João Batista fazia isso como ninguém.

2 – Sua vida e seu ministério apontavam para Cristo, não para si mesmo – João 1:19-20;29
A meta de João Batista era preparar o caminho para o Messias. Essa era a razão de sua mensagem. Toda a sua existência se resumia a isso. Uma pregação de arrependimento e endireitamento do caminho. Quando questionado sobre quem era ele, sua confissão era: Eu não sou o Cristo.
João não estava preocupado se iria perder seus discípulos para Jesus. Ao contrário, quando encontrou com ele pôde expressar sem medo: Eis o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo.
O verdadeiro cristão tem a mesma missão nos dias de hoje: Nossa vida refletir a Cristo. Nossa fé e nossa santidade não são para nós mesmos. Ela é para mostrar Cristo para o outro. Apresentar o amor e a salvação vinda de Deus para outras pessoas. Essa deve ser a razão da nossa fé e o motivo de nosso ministério. Uma santidade relacional!
E não importa o tipo de ministério. Refletir Cristo na mensagem, no período de louvor, na classe das crianças, na arrumação do salão. TUDO deve apontar pra Cristo!

3 – Sua Pregação era ousada, direta e atingia a todos – Lucas 3:8;10-14;19
Arrependei-vos e convertei-vos. Essa era a mensagem. Não havia rodeios. Não falava de autoajuda nem prometia cura de doenças e prosperidade financeira. Anunciava Jesus e a necessidade do povo mudar de direção. Produzir frutos dignos de arrependimento (vs 8)
Tiago2:14-26, fala que a fé sem obras é morta. Uma fé prática. Era essa a mensagem àqueles homens que o procurava para serem batizados.
A mensagem atingiu a todas as classes de pessoas: A multidão, os publicanos, os soldados e Herodes. (vs 10-14;19)
Na era do politicamente correto, precisamos ter ousadia para denunciar o pecado. Ter coragem para dizer às pessoas que elas precisam mudar. Que existe um inferno, que a prática homossexual é pecado! Isso muitas vezes nos levará ao fracasso (diante dos homens) e precisaremos pagar caro. No caso de João Batista, pagou com a própria vida.
Um jovem que foi um exemplo de coragem e fé!

CONCLUSÃO – Fracasso para os homens, sucesso para Deus – LUCAS 7:24-28
Quando João já estava preso, enviou dois de seus discípulos para confirmar se Jesus era realmente o Messias.
Jesus pôde testemunhar acerca de João Batista para toda a multidão. Um jovem que dedicou sua vida a pregar a vinda do Messias, recebeu testemunho do próprio Cristo dizendo que não havia maior profeta do que João Batista nascido de mulher. E mesmo assim, qualquer um no Reino de Deus era maior que ele.
João Batista foi alguém que poderia muito bem ter usado as palavras de Paulo: “Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé”.
Esse é o galardão que aguarda a todos aqueles que foram fieis a seu chamado. Receber do próprio Senhor o reconhecimento e saber que fracassar aos olhos do mundo é sucesso diante de Deus.
Fazer parte de um ministério, seja qual for, não implica em fazer sucesso e ter um grande público aplaudindo. Importa em ser como João que abriu mão de sua vida pelo reino, não buscava os holofotes para si mesmo e com ousadia, anunciava a tão grande salvação de Jesus.
Que cumpramos o mesmo papel de João Batista (Lucas 1:76-79):Preparar os caminhos, dar ao povo conhecimento da salvação, alumiar os que estão assentados em trevas e sombra de morte e dirigir os pés pelos caminhos da paz.

Quer saber mais sobre Ministérios Fracassados? Assista o vídeo abaixo e ouça o podcast do BTCAST sobre o assunto.


Documentário Ministérios Fracassados:




















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