terça-feira, 12 de abril de 2011

Geração Y - parte 1

Estava ouvindo a CBN tempos atrás e o entrevistado falava sobre as gerações e as relações no trabalho.  Dentre algumas que ele citou, me chamou atenção a "geração Y" , a que eu faço parte.

Fiquei assustado e ao mesmo tempo curioso sobre como nossa geração, nascida após 1980, se insere no mundo atual e em suas relações sejam elas profissionais, sociais, afetivas e espirituais.

Como falei, a Geração Y é compreendida pelos que nasceram na década de 80 até início da década de 90.  É chamada também geração multimídia, devido a nossa interação simultânea entre internet, telefonia, TV entre outras mídias.

Essa interação toda, de acordo com alguns estudiosos sobre o tema, tem a ver muito com o histórico familiar,  já que os pais enchiam as crianças de presentes e diversões para compensar o abandono das gerações anteriores e estimular a auto estima dessa galera. Além disso, a TV teve forte influência em nossa infância pois nascemos nesse boom de aparelhos eletrônicos. Além disso, anos mais tarde, com o surgimento dos vídeo games e a consolidação da internet e dos PCs, nossa geração pôde experimentar todo esse avanço tecnológico de perto.

O resultado disso foi algumas características que essa geração desenvolveu: Utilização de aparelhos de alta tecnologia, trabalhos em multitelas e multitarefas, dificuldade em lidar com hierarquia e busca por altos salários no mercado de trabalho o quanto antes.

Essa geração cresceu. Não somos mais adolescentes. Estamos praticamente todos inseridos no mercado de trabalho. E essa característica de multimídia tem se difundido no mercado corporativo. Por um lado isso é positivo para as empresas, que tem aproveitado toda essa multifuncionalidade desses novos empregados, que acabam aumentando e muito a produtividade. O grande problema é a dificuldade em respeitar os superiores. Essa geração tem por característica querer tratar o seu imediato de igual para igual. Isso acaba gerando os famosos conflitos de gerações e traz uma certa dor de cabeça para a gestão de pessoas.

Outro aspecto importante é como a mídia e as empresas tem voltado seus produtos e serviços para a nossa faixa etária. São produtos eletrônicos, celulares, TV s, a indústria dos games batendo recorde de vendas, cinema, roupas, música...Enfim. A lista é gigante. E a tentação em consumir isso tudo também.

E é nesse ponto que gostaria de chegar. A geração Y tem se tornado uma geração ansiosa. É muita informação, muito a se consumir, muitas ideias e isso acaba gerando uma sensação de urgência. Não conseguimos simplesmente parar e esperar. Ficamos desesperados porque estamos chegando nos 30 e ainda não somos gerentes ou diretores. Ou não temos nossa própria empresa. E não admitimos que a paciência é necessária. Queremos subir no ônibus e já sentar na janela!

Precisamos desacelerar. Abaixar o volume da música. Aquietar. E nada mais eficaz para isso que lembrar de versículos como: "não andeis ansiosos..." ou "aquietai-vos e sabei que eu sou Deus". Lembro de José. Antes de ser o governador do Egito foi vendido pelos irmãos, injustamente acusado, preso, para depois de tudo isso Deus o levantar como segundo no comando do Egito. Deus tem um plano mas no tempo dEle. A hora é de esperar e ver Deus agir nos detalhes, moldando e nos preparando para mais tarde cumprir com eficácia o plano que tem pra nós.

Segue abaixo o link com a entrevista da vice presidente do Santander, Lilian Guimarães. Não foi a que eu ouvi mas também é bastante interessante e esclarecedora.

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Depois continuarei sobre este assunto detalhando alguns outros aspectos dessa geração.

Até lá!

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